Bolsonaro defende aliança com "centrão" e nega corrupção no MEC | VGN – Jornalismo com credibilidade

agosto 23, 2022 0 Por Admin

Reprodução TV GLOBO

Bolsonaro é o primeiro presidenciável a conceder entrevista ao Jornal Nacional

William Bonner e Renata Vasconcellos entrevistaram o Jair Bolsonaro, candidato do PL à Presidência da República, nesta segunda-feira (22.08), no Jornal Nacional. Bolsonaro é o primeiro a participar da série de entrevistas com os presidenciáveis. Ciro Gomes (PDT) participará na terça (23); Lula na quinta (25); e Simone Tebet na sexta (26).

Bonner perguntou se Bolsonaro assumia compromisso público de que serão respeitados os resultados das urnas, ele disse que sim, “desde que sejam limpas e transparentes”.

Sobre a declaração se tomasse a vacina poderia virar “jacaré”, o presidente respondeu que usou uma “figura de linguagem da literatura portuguesa”. Quanto fechar o Congresso incitado por seus apoiadores, Bolsonaro classificou como “liberdade de expressão”.

Quanto aos escândalos no MEC, Bolsonaro negou que houve corrupção. “Ele teve uma acusação, foi preso, mas conseguiu habeas corpus logo em seguida. Não tinha nada contra ele até aquele momento”, alegou o presidente.

Questionado por Bonner sobre a ligação com o Centrão, Bolsonaro disse: “você está me estimulando a ser um ditador. São 513 deputados, 300 são de partidos de centro, pejorativamente chamado de centrão. O lado de lá, os 200 que sobram, o pessoal do PT, PCdoB, PSOL, Rede, não dá para você conversar com eles. Até eles não teriam números suficentes para aprovar um PL comum. Então, os partidos de centro é a grande parte da base do Governo para que possamos avançar em reformas”.

Nas considerações finais, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que assumiu o Governo em “situação crítica na questão ética, moral e econômica” e que fez reformas e realizações em seu mandato antes da pandemia e da invasão da Ucrânia pela Rússia. “Isso nós fizemos. Hoje, você nota que os preços dos combustíveis caíram assustadoramente. Nada de canetada. Com o trabalho nosso junto ao parlamento brasileiro, conseguimos R$ 600 de Auxílio Brasil para 20 milhões de pessoas mais pobres. Conseguimos transposição do São Francisco, que estava parada desde 2012, levando água para o nordeste. Nós pacificamos o MST titulando terras pelo Brasil, e 90% dessas titulações foram para as mulheres. Criamos o PIX, tirei dinheiro de banqueiros fazendo com que a população pudesse se transformar, muitos, em pequenos empresários. O PIX: sem qualquer taxação em cima do PIX. Anistiamos 99% da dívida de um milhão de jovens junto ao FIES”.

Foram convidados os cinco candidatos mais bem colocados na pesquisa divulgada pelo Datafolha em 28 de julho: Lula, Bolsonaro, Ciro, Tebet e André Janones (Avante), que depois retirou a candidatura. O sorteio foi realizado em 1º de agosto com representantes dos partidos definiu as datas e a ordem das entrevistas.