Garis são agredidos por militar durante o trabalho | VGN – Jornalismo com credibilidade

julho 14, 2022 0 Por Admin

Reprodução

Dois garis que realizavam seus trabalhos de limpeza urbana, foram agredidos por um militar da Marinha, nessa quarta-feira (13.07), no Distrito Federal em Asa Norte. A ação foi gravada por câmeras de segurança das proximidades.

Segundo informações, os garis foram agredidos após o militar achar que as vítimas estavam filmando sua esposa fazendo exercícios. Eles apanharam com as vassouras que usavam para fazer a limpeza da via.

Segundo um dos garis, o militar perguntou o que os eles estavam filmando e pediu que mostrassem o celular. Um dos trabalhadores chegou a mostrar o objeto que segurava, que, na verdade, era um aparelho de geolocalização usado para registrar os locais por onde o serviço de limpeza urbana passou.

A mulher do suspeito achou que estava sendo filmada pelas vítimas, pois os garis precisam marcar o percurso feito com um GPS. Para o equipamento funcionar, os trabalhadores precisam levantá-lo e apertar um botão. “Chegou um carro, e o homem abordou a gente, já batendo e pedindo para mostrar o celular’”, disse um deles.

Conforme as imagens mesmo após mostrar o aparelho o trabalhador leva outra vassourada. Em seguida ele consegue recuperar o objeto. Mas mesmo assim, o suspeito vai atrás dele e dá um tapa em suas nas costas.

Segundo relato dos moradores em nenhum momento, o gari agrediu ou xingou o militar, após testemunhar o acontecido, ligaram para a polícia.

Em conversa com o site Metrópoles os garis Lucivaldo Rodrigues Paiva, 47 anos, e Fábio Cardozo de Souza, 43 desabafaram: “Ele pegou o cabo de vassoura e meteu nas minhas costas”, contou Lucivaldo. Para o gari, a situação é revoltante. “Rapaz, é difícil. A gente sai de casa às 4h da manhã para apanhar”, lamentou.

O gari foi atingido pelos golpes de vassoura nas costas. “Você fica apavorado. Doeu. O cabo de vassoura dói”, destacou. Lucivaldo trabalha há 2 anos na função e nunca passou por situação semelhante. “Se o cara estivesse armado, ele tinha nos matado”, pontuou. Fábio encara o episódio da mesma forma. Ele recorda-se do começo do ataque, quando ambos foram fechados por um carro na rua.

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