PM de MT é investigado por suposta participação em abuso sexual e retirada de órgãos de soldado no Paraná | VGN – Notícias em MT com credibilidade
outubro 29, 2022Reprodução
PM da reserva em MT teria supostamente usado da sua influência militar para cometimento dos supostos delitos
A 2ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal (MPF) encaminhou ao Ministério Público Estadual do Paraná (MPE-PR) uma denúncia contra um suposto policial militar de Mato Grosso por ter participado do abuso sexual e retirada de órgãos, sem devido autorização, de um soldado do Exército naquele Estado. O processo tramita em sigilo.
Consta do despacho publicado no Diário Eletrônico do MPF (DMPF), que neste ano de 2022 a Procuradoria da República do Paraná recebeu denúncia, por meio da Sala de Atendimento ao Cidadão, a qual comunicou a prática de crimes de ameaça, lesão corporal e abuso sexual.
Conforme a denúncia, realizada por um dos genitores do soldado [não sendo específico se foi a mãe ou pai], o policial militar da reserva “teria usado de influência militar política para cometer uma das mas crueldade já vista em âmbito militar com ajuda de alguns militares do próprio Exército, da equipe médica onde o mesmo foi vítima do golpe boa noite cinderela”.
O denunciante [ou a denunciante] afirma que, após “golpe do boa noite cinderela”, o soldado foi retirado de ambulância do quartel e posteriormente foi vítima de um “abuso sexual com requinte de crueldade” e depois passando por um processo cirúrgico, sem autorização dos pais, “foi retirado alguns órgãos” provocando sequelas na vítima que o impossibilitaram de andar por cerca de 1 ano.
Ainda segundo a denúncia, um dos órgãos supostamente retirados foi encaminhado para cidade Ribeirão Preto, interior de São Paulo, e outro teria sido vendido [destino desconhecido]. Atualmente, conforme o procedimento, o soldado está em uma cadeira de rodas e necessitando de “ajuda” para fazer procedimento de hemodiálise.
No despacho, a 2ª Câmara de Coordenação e Revisão MPF promoveu o declínio de atribuições ao MPE-PR, em virtude da inexistência de nenhum documento de crime federal. Na denúncia consta apenas cópia de um Boletim de Ocorrência registrado perante a Polícia Civil.
“Verifica-se, no presente caso, possíveis crimes comuns praticados contra particular. Não há qualquer elemento concreto que ampare as alegações do manifestante no sentido de envolvimento de militares do Exército, não sendo citado nenhum nome, patente ou local submetido à administração militar. […] Ausência de elementos de informação capazes de legitimar a atribuição do Ministério Público Federal para persecução penal. Homologação do declínio de atribuições em favor do Ministério Público Estadual”, diz despacho.
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